sábado, 27 de março de 2010

( II )PERSECUÇÕES RELIGIOSAS

As primeiras comunidades cristãs surgiram em conseqüência da Evangelização de Jesus que vivera nos tempos de Augusto e Tibério, dos apóstolos e da predicação itinerante de Paulo de Tarso.
As comunidades cristãs mais importantes foram a de Antioquia, Corinto, Efeso, Alexandria e Roma, e a sua penetração no Império romano não foi sustada nem no período das perseguições comandadas pelos imperadores, destacando-se entre eles Nero, Décio, Valeriano e Diocleciano.
Os motivos das perseguições eram vários: a preocupação das autoridades políticas em vista da força de persuasão das comunidades cristãs que, com sua organização hierárquica, tomavam o vulto de um “Estado dentro de Estado”; a recusa dos cristãos de reconhecer a divindade do imperador; a inquietude da opinião pública que via na crise do Império a vingança dos deuses, e, finalmente, o desejo demonstrado inúmeras vezes de reconstituir no Império as velhas tradições culturais e religiosas da Roma antiga.
Este cenário se alterou com Constantino e Teodosio quando, inicialmente com o Edito de Milão e depois com o de tessalonica, transformaram o cristianismo - que era uma formula religiosa desagregadora - em um elemento constitutivo do Império.
Constantino, depois da sua morte, foi sucedido por três filhos: Constante, Constâncio e Constantino II. Constâncio, que prevaleceu em relação aos irmãos, escolheu como sucessor Juliano, o general que vencera os Alamanos em 357.
Este, recordando-se dos intelectuais e filósofos pagãos, procurou excluir os cristãos dos cargos gerenciais e tentou restaurar o paganismo. Veio a ser chamado pelos cristãos “Juliano o Apostata”, ou seja, o renegado, porque deixara a religião cristã. Para conseguir prestigio junto ao povo, planejou eliminar totalmente o Império Persa, mas morreu em batalha.
Por volta do fim do IV século, os Gothas, alimentados pelos Hunos, se deslocaram até à fronteira do Danúbio e pediram para serem integrados ao Império. Valente, o imperador do oriente aceitou, movido pelo desejo de poder utilizá-los no exercito, mas os continuados saques que eles promoviam nas regiões imperiais que ocupavam forçaram uma guerra.
No ano 378, em Adrianópolis – Tracia, o exército romano foi devastado. Os Gothas, então, invadiram a Tracia e começaram a saquear e destruir tudo. Graciano, imperador do ocidente, preferiu permanecer no trono, enquanto no oriente, em 379, foi eleito imperador um general espanhol: Teodosio. Este, ao invés de continuar combatendo, preferiu contratar a paz. Com isso os Gothas se aliaram ao império, casaram com mulheres romanas e obtiveram cargos gerenciais.
Graziano e Teodosio, em 380, promulgaram o Edito de Tessalonica, através do qual o cristianismo se tornava à única religião permitida no Império. Conseqüentemente, passaram a serem proibidos todos os rituais pagãos, incluindo os sacrifícios, os Jogos olímpicos e os templos.

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